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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um final de semana inesquecível.



Tudo começou na sexta-feira. Cheguei em Uberlândia a tarde, fiquei até a noite à toa. Quando de repente me deu a louca de sair, era noite de show com Angra e Killer Klowns. Fui, só com o dinheiro do ônibus de ida e volta. Cheguei na porta não vi nenhum conhecido, e pra piorar começou a chover. Me escondi perto do portão de entrada dos convidados, já pensando em ir embora, quando um amigo meu aparece lá de dentro, era o Claus, dono da loja Pãdora e uma das patrocinadoras do evento. Ele me pergunta se já tinha ingresso, eu disse que não, foi ai que a noite melhorou...ele coloca a mão no bolso e me dá uma cortesia. Sai pela chuva empolgado e entrei na fila. Lá dentro foi tudo muito bom, revi muitos amigos e curtimos pacas. Hora de ir embora, cheguei em casa as 5 da manhã, detalhe: precisava estar na rodoviária às 6:20. Deu tempo.
Peguei o ônibus com destino a Ribeirão Preto, e depois pegaria outro para Matão. Cheguei em Ribeirão as 10:50...o ônibus de Matão saia as 10:40. O porque do atraso? Chegando em Uberaba, o pneu do ônibus resolve furar, e foi preciso chamar um outro para continuar a viagem. Bom, tive que esperar até as 17:40 até a chegada do próximo ônibus para Matão, então fui tentar fazer o tempo passar mais rápido, mas nada adiantava, acho que entrei em todas lanchonetes possíveis de láfui em todas lojas, fiz até planejamento urbano para aquela área. Quando eram 17:30, eu nem acreditava, sai correndo pra fila do ônibus, e quando vi ele quase chorei de emoção, uahuahauhahau.

Mas não acabou por ai meu drama, chegando próximo a Matão, perguntei para uma pessoa se estava chegando, ela me disse que era a próxima, então logo desci. Era a próxima nada, parei uma cidade antes, uma cidade chamada Dobrada. Dobrada mesmo, porque vai ser esquisita lá longe, mas até eu perceber que estava no local errado...a cidade não tinha hotel, não tiinha taxi, moto taxi, não tinha nada. Foi quando apareceu um casal, me chamando e perguntando se precisava de ajuda, que se fosse preciso até me levavam em Matão, pois estava perto, uns 10 minutos dali. Mas não foi preciso, o Gil foi me buscar.

Cheguei em Matão, fui para o hotel, vi a Júlia (mocinha encantadora)...que ficou com mais vergonha do que tudo, ahuahauuaua...e detalhe, perdi o sono, a fome, perdi tudo no desespero em Dobrada. Saímos pela cidade a fora uns dois dias, vi um poste torto, e uma igreja redonda. Tava tudo muito bom, até chegar segunda-feira, dia de ir embora, eu não queria voltar de jeito nenhum, mas fazer que né =/.
Peguei o ônibus e fui pra Ribeirão Preto. Achei que estava tudo bem no caminho, quando de repente...entra no ônibus um casal...o cara estava mais chapado que tudo e pra fuder mais ainda sentou do meu lado o infeliz, com um violão na mão, que clocou no colo e ficou me atrapalhando (a fazer não sei o q, mas atrapalhou), e cada vez que ele abria a boca eu fazia cara feia. Uma outra mulher na outra janela, ligou o celular para ouvir música, e esse cara resolve imitar, e colocaou mais alto ainda, e cada música de mano, que ninguém merece, só os manos mesmo. Eu nunca uis tanto estar em Ribeirão, ou nunca ter saido de Matão. Quando o ônibus chegou, sai correndo, uahauhauah, não só or ele, mas pra ver se eu conseguia trocar minha passagem pra mais cedo, pois cheguei lá era 16:40 e minha passagem pra Uberlândia era só as 22:40, eu não aguentaria mais horas e horas naquela rodoviária. Consegui trocar, e fui embora...na volta foi tudo bem, sem problema nenhum, tirando dois meninos que não ficavam quietos um minuto, e eu pensando na viagem toda, e triste por ter sido tão rápido, mas muito bom por sinal...realmente um fim de semana inesquecível!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Halloween



Dia 31 é Halloween. Como sou fissurado por coisas obscuras, assustadoras e cia., eu sempre quis ter um Halloween, entretanto o Brasil não comemora essa data. Sempre quis me fantasiar de qualquer coisa e sair nas ruas pedindo doces e fazendo travessuras. Quem sabe algum dia isso seja possível aqui, pois sei que em alguns lugares do Brasil existem pessoas que fazem isso.


Em declaração feita no ano de 2009, o Vaticano condenou o Halloween como uma festa perigosa carregada por vários elementos anticristãos. No Brasil, observamos que algumas pessoas torcem o nariz para a comemoração do evento por entendê-lo como uma manifestação distante da nossa cultura. No fim das contas, muito se diz a respeito, mas poucos são aqueles que examinam minuciosamente os significados e origens de tal festividade.






Desde a Antiguidade, observamos que várias festividades populares eram cercadas pela valorização dos opostos que regem o mundo. Um dos mais claros exemplos disso ocorre com relação ao carnaval, que antecede toda a resignação da quaresma. No caso do Halloween, desde muito tempo, a festividade acontece um dia antes da “festa de todos os santos” e, por isso, tem seu nome inspirado na expressão "All hallow's eve", que significa a “véspera de todos os santos”.

Pelo fato do 1° de novembro estar cercado de um valor sagrado e extremamente positivo, os celtas, antigo povo que habitava as Ilhas Britânicas, acreditavam que o mundo seria ameaçado na véspera do evento pela ação de terríveis demônios e fantasmas. Dessa forma, o “halloween” nasce como uma preocupação simbólica onde a festa cercada por figuras estranhas e bizarras teria o objetivo de afastar a influência dos maus espíritos que ameaçariam suas colheitas.

No processo de ocupação das terras europeias, os povos pagãos trouxeram esta influencia cultural em pleno processo de disseminação do cristianismo. Inicialmente, os cristãos celebravam a todos os santos no mês de maio. Contudo, por volta do século IX, a Igreja promoveu uma adaptação em que a festa sagrada fora deslocada para o 1° de novembro. Dessa forma, os bárbaros convertidos se lembrariam da festa cristã que sucederia a antiga e já costumeira celebração do halloween.

Por ter essa relação intrínseca ao mundo dos espíritos, o halloween foi logo associado à figura das bruxas e feiticeiras. Na Idade Média, elas se tornaram ainda mais recorrentes na medida em que a Inquisição perseguiu e acusou várias pessoas de exercerem a bruxaria. Da mesma forma, os mortos também se tornaram comuns nesta celebração, por não mais pertencerem a essa mesma realidade etérea.

Entre todos os desalmados, destaca-se a antiga lenda de Stingy Jack. Segundo o mito irlandês, ele teria convidado o Diabo para beber com ele no dia do Halloween. Após se fartarem em bebida, o astuto Jack convenceu o Diabo a se transformar em uma moeda para que a conta do bar fosse paga. Contudo, ao invés de saldar a dívida, Jack pregou a moeda em um crucifixo.

Para se livrar da prisão, o Diabo aceitou um acordo em que prometia nunca importunar Jack. Dessa forma, ele foi libertado e nunca mais importunou o homem. Entretanto, Jack morreu e não foi aceito nas portas do céu por ter realizado um trato com o demônio. Ao descer para os infernos, também foi rejeitado pelo Diabo por conta do trato que possuíam. Vendo que Jack estava solitário e perdido, o demônio lhe entregou um nabo com carvão que lhe serviu de lanterna.

Ao chegarem à América do Norte, os irlandeses trouxeram a festa do Halloween para as Américas e transformaram a lanterna de Jack em uma abóbora iluminada com feições humanas. Os disfarces e máscaras, tão usadas pelos participantes da festa, seriam uma forma de evitar que fossem reconhecidos pelos espíritos que vagam neste dia. Atualmente, as fantasias são utilizadas por crianças que batem às portas exigindo guloseimas no lugar de alguma travessura contra o proprietário da casa.

De fato, a celebração do Halloween remete a uma série de antigos valores da cultura bárbaro-cristã que se forma na Europa Medieval. Nessa época, várias outras festas celebravam o processo de movimentação do mundo ao destacar os opostos que configuravam o seu mundo. No jogo de oposições simbólicas, mais do que o valor de um simples embate, o homem acaba por visualizar a alternância e a transformação enquanto elementos centrais da vida.




Hoje foi um dia legal, saimos pelas ruas do centro da cidade, assustamos algumas pessoas, acendemos velas na praça e tava quase virando um show.
Isso poderia acontecer mais vezes. Feliz Halloween à todos!!