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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Killer Klowns: entrevista com o baterista Yuri Carvalho


E ai galera, estou postando uma entrevista que foi publicada originalmente na Comunidade Killer Klowns


Olá, Yuri. Obrigado por conceder essa entrevista. Para começo de conversa, como você está? Como foi abrir para o Angra em Minas Gerais?

Yuri Carvalho: Estou ótimo. Foi um evento mais que marcante para todos nós da banda, e também para várias pessoas que estavam lá para nos assistir, e para assistir também ao Angra. Foi um espetáculo sem tamanho. Toda aquela estrutura, preparação, aquecimento e ainda, claro, a etapa de conhecimento dos músicos do Angra, foi uma experiência muito boa pra todos nós da banda. Agora, no momento em que subimos e vimos todo o Acrópole lotado, cheio de gente, em sua grande maioria para ver o Angra, foi difícil. Eu digo isso porque fui a shows de bandas grandes, onde as bandas que abriram foram vaiadas e apressadas em seus shows para que a principal, tocasse logo, e fiquei com medo de que isso viesse a acontecer conosco. Felizmente não aconteceu, e toda a galera que tava lá vibrou e nos apoiou em cada riff, em cada letra e em cada batida. Não tinha como lançar nosso 2º EP de uma maneira melhor. Vendemos bastante e esse show nos rendeu vídeos, comentários e ainda, vários outros shows de extrema
importância. Só tenho mesmo que agradecer a todas as pessoas que foram e que nos apoiaram, à Loja Pãdora de Uberlândia.

Como vocês ensaiam?

Yuri Carvalho: Nos temos nosso estúdio aqui em casa, enquanto estamos em época de shows, iguais esses últimos meses, ensaiamos apenas uma vez por semana, mais o dia do show.

Quais de vocês que possuem os gostos musicais mais variados?

Yuri Carvalho: Creio que eu e o PC (Baixista). Nós tocávamos em bandas de reggae, e estudamos música juntos.

Sério (risos)?

Yuri Carvalho: Sério (risos), sou fã de música brasileira tanto quanto ele.

Já tem shows agendados para promover o álbum que está por vir?

Yuri Carvalho: Para promover o álbum não. É complicado dizer isso, pois o álbum pode demorar bastante, tendo em vista o tanto de músicas que nele será inserido e o tempo que levaremos pra fazer um trabalho digno de ser chamado de "DISCO". Mas shows ano que vem, já temos cinco agendados.

E você pode nos passar a informação de onde será esses shows?

Yuri Carvalho: 29/01 em Uberlândia, 05/02 em Uberlândia, 11/03 em Uberaba, 18/03 Ituiutaba, 25/03 em Goiânia. Tá aí, em primeiríssima mão.

Quais músicas dos EPs vocês colocaram no setlist dos shows quando lançarem o novo álbum?

Yuri Carvalho: Isso é difícil dizer. Posso te dizer que, a medida que ficamos mais famosos e fazemos mais shows, estamos eliminando as músicas do primeiro E.P. e as substituindo por novas. Não por causa do primeiro vocalista, e sim porque a galera meio que cansa. Porém, as clássicas como Until The End, Up High e Take It Back sempre estarão nos shows.

Quem decide o setlist?

Yuri Carvalho: Decidimos juntos, e a ordem delas, o William (Vocalista) que faz.

Você já se cansou de tocar alguma música?

Yuri Carvalho: Não, pra ser sincero não cara... Covers já... mas músicas próprias nunca me cansei não e espero não cansar.

Vocês já têm algumas músicas prontas para o novo CD?

Yuri Carvalho: A composição do novo disco será de músicas do primeiro E.P., mais algumas do segundo E.P., mais duas que não entraram no E.P. que se chamam "Drive Me Crazy" e "Years Gone By" e mais quatro inéditas. Essas quatro inéditas já existem, e estamos em fase de finalização.

O que podemos esperar do novo álbum?

Yuri Carvalho: Podem esperar com certeza um álbum muito mais técnico e amadurecido. Ele terá composições técnicas e também "cruas", aquelas que a galera chama de "Hard Farofa". Podem esperar uma mistura de Hard antigo, com técnica e inovações de hoje em dia. O que queremos, não é copiar nada do passado, e sim, saber usá-lo como inspiração, para mostrarmos o nosso som, para que todas as pessoas que vierem a ouvi-lo não pensarem que é música do passado e sim música de hoje, para ser lembrada daqui 40, 50 anos. Um CD que realmente veio para mostrar que a boa música ainda existe, e que acima de tudo, o Hard Rock não morreu.

Há planos de se fazer vídeos?

Yuri Carvalho: Sim, estamos pensando em duas coisas:
a primeira delas é com relação ao show de lançamento do CD,
iremos fazer em um palco aberto, com várias participações
e lá, iremos gravar um DVD profissional.

Um release, promotion?

Yuri Carvalho: Iremos fazer um espetáculo, com explosões e fogos de artifício.

Como associar vida conjugal, fãs e shows?

Yuri Carvalho: Acho que essa parte é a mais difícil de todas, vou me dar como exemplo, os Killers Klowns têm exatamente três anos de vida. E nesses três anos de vida, eu namorei os três anos praticamente, tirando uns meses. Poucos meses. Neles vi o quão difícil é voce conciliar vida amorosa com uma pessoa apenas, com os shows, que todos os finais de semana estão ai. No ano de 2009 fizemos mais de 30 shows, o que nos fez ficar fora da cidade no minimo, três finais de semana no mês. E isso pesa demais, pesa o lado da confiança, pesa tudo. Mas claro, se houver confiança, tudo se supera e tudo se convive, mas é complicado porque cada dia que passa, fica mais "aceitável" a traição, e nesse meio a galera acha que sempre acontece. Digo mesmo, acontece quase sempre, quem determina essa freqüência é a pessoa que toca, que tá lá pra fazer seu trabalho e mostrar que de que ela quer viver pra sempre. Ai ela decide se quer ou não.

Existe algum novo baterista que te inspira hoje em dia?

Yuri Carvalho: Vários bateristas me inspiram. Eu ouço uma música na rádio eu aprendo algo novo só escutando aquele cara. Mas assim, se tem um cara que eu me espelho igual Alex Van Halen, não tem não.

Se a música não tivesse te escolhido... O que você acha que estaria fazendo hoje?

Yuri Carvalho: Eu acho que estaria na mesma que estou com alguns projetos que hoje os levo como "hobby", talvez estivesse os levando como profissão, que é o que eu faço com a música, como por exemplo: rúgbi, malhação e vida acadêmica.

Como você vê a evolução das bandas nacionais dos anos 2000? O que você acha da relação dos músicos com a internet?

Yuri Carvalho: Então, essa evolução creio eu que está se dando de um modo diferente de antigamente, claro. A internet tem um papel muito significativo nessa relação tanto de desenvolvimento quanto de amadurecimento da banda. Ela propicia ao músico informações diversas de famosos que podem ajudar eles a crescerem e a ficarem melhores, e também disponibiliza ferramentas de gravações e compartilhamentos de músicas e vídeos, que permitem com que músicos possam ficar famosos sem sair de casa, literalmente. Agora a evolução musical, na minha opinião, acompanha a evolução tecnológica também, já que bandas cada vez mais incorporam elementos diferentes em suas músicas que antigamente não existiam, ou seja, a música esta andando quase de "mãos dadas" com a tecnologia.

Como você definiria o som do Killers Klowns?

Yuri Carvalho: Algo inovador, que ao mesmo tempo traz à tona toda aquela energia que existia há tempos, quando o Hard Rock estava no auge. É um som totalmente tocado com o sentimento, com energia, que tenta levar as pessoas a várias décadas diferentes, onde em um show nosso, ou mesmo em casa ouvindo-nos, elas possam lembrar ou se imaginar em um daqueles mega shows onde havia toda aquela energia que infelizmente vem se perdendo a medida que os dias passam.

Há algum disco ou músico que depois que você escutou pensou "Vou ser um músico!"?

Yuri Carvalho: Tem sim. Van Halen de 1978. Foi graças a esse CD que eu vi o que era ser um gênio na bateria. Desde então venho ouvindo-o e a vários outros, na tentativa de me tornar um gênio também.

Um artista com o qual você gostaria de tocar.

Yuri Carvalho: Alex Van Halen, sem dúvida.

Qual e o integrante mais divertido?

Yuri Carvalho: O PC bBaixista). Sem duvida! (risos). Em breve iremos postar vídeos e você vai entender o porque.

Fale sobre a saída do Douglas (ex-vocalista):

Yuri Carvalho: A saída do Douglas foi ruim, tomando como ponto de referência a época em que ele saiu. Ele nos deixou na época do lançamento do nosso 2º CD (ele já tinha gravado as vozes), e ficamos meio que sem saída com vários shows já marcados. Felizmente achamos um vocalista muito bom, não digo superior porque existem patamares e estilos diferentes, mas, digamos que a aceitação do William foi rápida e muito boa! O Douglas, independente do motivo da sua saída (motivo pessoal alegado por ele mesmo) nos deixou e isso infelizmente nos abalou muito, tendo em vista que todos nós quatro na época (Douglas, Yuri, Igor e Murilo) éramos muito próximos e nossa amizade era de extrema importância para todos. Ele, antes de sair, já havia demonstrado interesse em sair, já que havia ingressado no exército de Uberlândia, e não tinha mais tempo para dedicar-se à banda, nem às suas tarefas como profissional e estudante. Por isso não digo que não foi ruim, porque sabíamos no fundo que isso ia acontecer. Agora, com William, a nossa banda está renovada, com talento e técnica diferentes do que tínhamos, e com certeza, mais profissionalismo também.

Para finalizar a entrevista, você teria uma mensagem ou gostaria de dizer alguma coisa para os Fãs do Killers Klowns e do bom Hard Rock?

Yuri Carvalho: Queria dizer a vocês galera, antes de tudo, um muito obrigado por tudo. Seja por clicar nos nossos links e ver que foi engano, seja por nos assistir de verdade. Nosso muito obrigado de coração! Nós sabemos o quanto é difícil viver de música hoje em dia, ainda mais de rock, no nosso país. Mas queria lhes dizer, que assim como nós, existem varias bandas que com certeza, iriam valer a pena um espaço no seu mp3, ou seja lá o que for. Queria lhes agradecer também por comprar nossos CDs, camisetas e mais, agradecer por ir aos nossos shows que graças a vocês, estão cada dia melhores e mais freqüentes em todo o país. Galera, a boa música depende de nós, e a sua permanência depende de voces. Ajude-nos a conquistarmos nosso espaço nesse mundo em que já entramos e não queremos sair mais! Muito obrigado por tudo galera, e podem ter a certeza de que, se depender de nós, o Hard Rock, e a boa música, nunca irão morrer neste país. Muito obrigado, e os vejo no próximo show!


Quem ainda não conhece a banda, ouça as músicas em: http://www.myspace.com/killerfuckinklowns



sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A grande teoria Maia sobre 2012


É difícil dizer o que uma civilização de 1500 anos atrás possa nos ajudar nos dias de hoje. Os maias eram yoguines, baixavam os seus batimentos cardíacos para 52 batidas/minuto. Ficavam os cinco dias do ano em completa meditação para purgar os males do ano. Quando retiravam a casca da baalché, a árvore sagrada que dava uma bebida que era utilizada nos rituais, o sacerdote pedia desculpas a árvore, porque respeitava a natureza. Viviam nas florestas, porque conheciam todas as plantas necessárias para suas doenças. Os adúlteros eram condenados à morte, bem como os ladrões e os corruptos. E tinham uma missão na Terra: calibrar todos os calendários para ofertá-los à posteridade. As mulheres maias, há 1500 anos atrás podiam chegar a rainha, sem qualquer problema, casavam-se muito cedo. Talvez, para dar certo, o casamento era feito na puberdade: o rapaz com doze a treze anos e a menina com 10 ou 12 anos. Viviam em comum até a menina tornar-se mulher e, só depois, havia sexo. A Elite possuía tudo e os pobres quase nada. Este foi o povo que formulou as profecias, que sempre geram polemicas mas tem uma ligação enorme com o período no qual estamos vivendo.

Mas e 2012?
Agora as expectativas se voltam para 2012. Sim, eis o próximo fim-do-mundo! Por quê 2012? Por que foi escolhido pelos místicos americanos, oras! Desta vez é o famoso movimento New Age (ou como diria o Cartman, dos “Hippies fedidos”) que profetiza o final dos tempos. Eles se baseiam agora no calendário de Contagem Longa dos maias. Ou melhor, se baseiam num suposto fim do calendário maia.



Os Calendários Maias

Os maias, a bem da verdade, usavam três calendários diferentes e inter-relacionados, todos organizados como hierarquias de ciclos de dias, com várias durações. A Contagem Longa era o principal calendário para fins históricos. O Haab era o calendário civil, e o Tzolkin, o religioso. Todos os calendários maias são baseados apenas na contagem serial de dias, ou seja, não são calendários sincronizados ao Sol ou à Lua, como o nosso calendário. Apesar disso, tanto a Longa Contagem quanto o Haab contém ciclos de 360 e 365, respectivamente, valores muito próximos do número de dias do ano solar. Por basear-se apenas na contagem dos dias, a Longa Contagem é muito parecida com o sistema de dias julianos e outras representações modernas de datas e tempo. Também é interessante notar que tal calendário conta a partir do zero. Ou seja, mesmo antes dos hindus, os maias foram o primeiro povo a usar o zero.

Vamos organizar uma tabela com os ciclos do calendário Maia:

Kin – Equivale a 1 dia
Uinal – Equivale a 20 Kins (20 dias)
Tun – Equivale a 18 Uinal (360 dias / 1 ano aprox.)
Katun – Equivale a 20 Tun (7.200 dias / 19,7 anos)
Baktun – Equivale a 20 Katun (144.000 dias / 394,3 anos)
Pictun – Equivale a 20 Baktun (2.880.000 dias / 7.885 anos)
Calabtun – Equivale a 20 Pictun (57.600.000 dias / 157.704 anos)
Kinchiltun – Equivale a 20 Calabtun (1.152.000.000 dias / 3.154.071)
Alautun – Equivale a 20 Kinchiltun (23.040.000.000 dias / 63.081.429 anos)



A Longa Contagem é organizada de acordo com a hierarquia de ciclos mostrados acima. Cada ciclo é composto de 20 unidades do ciclo anterior, com exceção do tun, que é composto de 18 uinal de 20 dias cada. Isso resulta num tun de 360 dias, o que é uma boa aproximação com o ano solar, tendo em vista que outros povos antigos, como os romanos, usavam um calendário exclusivamente baseado no ciclo solar, com 360 dias.

Os Maias acreditavam que, ao fim de cada ciclo Pictun, equivalente a 7.885 anos, o universo seria destruído e recriado. Esta é a verdadeira profecia maia. Infelizmente (ou felizmente), este ciclo só acabará em 12 de outubro de 4772.

Por outro lado, 2012 vai ser MESMO um ano de mudança no calendário maia e é nisso que se baseiam as presentes previsões reptilianas. Para os adeptos da teoria dos “maias engenheiros dimensionais do tempo” de plantão, o fim do mundo chegará em 21 de dezembro de 2012. Mas se convertermos esta data para o calendário maia de Longa Contagem, obteremos o seguinte resultado: 13.0.0.0.0. Isso significa que esse será apenas o início do 13º ciclo Baktun. Seria o equivalente ao início do século 13 para os maias, enquanto nós já estamos, de acordo com nossa contagem, no século 21 (o 12º ciclo Baktun começou em 18 de Setembro de 1618). Isso tudo acontece apenas por que são meios diferentes de contar o tempo, que além disso começaram a ser contados em épocas distintas.
Então, da mesma maneira que o mundo não acaba em 31 de Dezembro, o mundo não acabará dia 21/12/2012. Simples assim…


Mas, então, por quê 21 de dezembro de 2012 foi escolhido pelos místicos, esquisotéricos e charlatões? A resposta é simples e óbvia; uma soma de dois fatores:

1) Superstição. Como vimos, essa data corresponde a 13.0.0.0.0. O que está acontecendo com o pessoal da New Age é o velho medo do número 13. Só isso.
2) O povo picareta quer ganhar dinheiro. Ninguém ficaria assustado e compraria os livros best-sellers se o “fim do mundo” fosse em 4772… está muito distante…


Ahhh, e como curiosidade, quem quiser calcular sua data de nascimento no calendário Maia pode acessar este site:

http://users.hartwick.edu/hartleyc/mayacalendar/mayacalendar.html